OPULENTOS E ESTADISTAS

Data 13/02/2009 21:39:19 | Tópico: Sonetos

São ratos, ratões e são ratazanas
Os engravatados polidores de capital
Embebidos num altivo nevoeiro ideal
Pisam e repisam as almas humanas

São Biltres, velhacas e são profanas
Estas imitações andantes do surreal
Pensam que são uma quimera fatal
Ou um molde de gente de sãs ganas

Pelintras esfomeados, famintos e sôfregos
Por polir a dedos pequenos metais valiosos
De os pôr nuns pecúlios ignóbeis e Lôbregos

Vendem-se como altivos e fracos orgulhosos
Bonecos movidos à força do bago dos labregos
São vigias das portas do Mefistófeles pavorosos…






António Plácido



Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=70711