
Emprego em Portugal
Data 06/02/2009 08:38:32 | Tópico: Poemas
| Será que vale a pena? Correr atrás de um emprego, sem nada conseguir. Estar-se sujeito ao gozo alheio, Só porque se querem divertir. Quantas vidas são precisa? Para que o humano entenda? Quem hoje é vencido, pode ser que amanhã vença. Será que o meu semelhante, se acha assim tão importante. Para ter a certeza, de tamanha impunidade? Hoje, posso estar a precisar, mas, e amanhã? É extremamente triste, quando se procura um emprego. Quando se faz uma selecção de despiste, e o candidato se confunde com um cavalo. Primeiro há os afilhados, seguidos pelos familiares, depois temos os primos e amigos e para finalizar? acabaram-se as vagas para empregos.
Vivemos numa quinta? Há já sei, é a feira do cavalo que ai vem. Será que o animal tem os dentes bonitos? Será que o pelo foi bem lavado e escovado? Espera lá amigo, o animal está gasto e envelhecido. Já sei, faz-lhe uma trança com a crina, não esqueças de lá meter uma fita colorida. O preço? Tenta um médio, o importante, é ganhar facilmente este dinheiro.
Mas, como vou vender o animal? A lista de espera é enorme. Não há crise, não faz mal, suborna o vigilante.
Ah pois é, onde tinha eu a cabeça. Viva a República, e a bela da banana.
Trabalhar? Deve estar tudo louco. O belo do dinheiro, só existe para quem o sabe ganhar. Mas podes continuar a trabalhar, Vai, eu não me importo.
Ó tu… aí? Trabalhar? É para quem pode, serás tonto? Ou sabes roubar, ou morres à fome.
Mas eu sou honesto, quero trabalhar.
Pois queres um animal em vias de extinção, não tas a ver bem a coisa. Trabalho não há, e podes roubar. este pais tem particularidade, vou passar a explicar:
Se és criminoso podes continuar, a autoridade não pode actuar. Se trabalhas, resume-te, mais que trocos não ganhas e não te podes queixar. Se não trabalhas, tens os subsídios, ás assistentes sociais enganas e ainda és um anjinho. Mas se fores daqueles que é realmente honesto e desempregado? Paciência meu bom amigo, trata da tua última vontade pois tens um tempo de vida reduzido.
Mas, vão-me matar?
Não, meu amigo, para quê ter esse trabalho? À fome morrerás, por uma oportunidade que não terás, e depois de tudo ter perdido.
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