
AINDA QUE SOZINHO HEI-DE AMAR-TE
Data 01/02/2009 18:05:55 | Tópico: Poemas -> Reflexão
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Quem tudo dá, tudo perde, cedo ou tarde. A verdade e a fidelidade, por serem coisas tão escassas, no comportamento, de apenas algumas, poucas pessoas, que seguem esses valores, como ideais, a preservar, são vistas com desconfiança, num mundo, onde a entrega, por inteiro, é tida, como algo de contranatural, e, motivo, de menosprezo.
O ciúme tem seu nome gravado, como o provocador, dessas intolerâncias, e, quanto mais os anos passam, mais esse sentimento, se apodera das pessoas, e a flexibilidade e o raciocínio, correcto, perdem todo o contacto viável, com a realidade, não importando o que faças, pelo outro, ainda que te movas, para esclarecer e tirar dúvidas.
Perde-se o clamor, antes tão desejado, assim como qualquer tipo, de valorização, diante do que digas, às vezes, exasperadamente, tentando fazer entender-te, e veres, que do outro lado, a pessoa, a quem te diriges, nada aceita do que falas, pois que, à partida, leva má impressão tua, de opinião antecipada, que não escuta nada, do, que, a ela, falando, lhe deixas.
Podes chorar (talvez chorem os dois), ainda que invertam todo o sentido, do que dizes, indo buscar palavras, totalmente fora de contexto, de quando as proferiste, apenas porque não se consegue mais dizer, “acredito em ti”. Mas apesar de tudo isso, quem ama, não deixa de amar, e, em sua solidão, espera, que a verdade vença e que todas as mostras de amor, venham a vingar.
Aquele, que do outro desconfia, é de si próprio, que guarda desconfiança! mas muitas das vezes, tudo isto tem a ver, com os maus amigos, que, tentam, por todos os meios, minar o amor, de duas pessoas, para assim conseguirem, seus vis intentos, roubando para si, o que nada fizeram, por merecer, a não ser insistir na hipocrisia, insinuando-se descaradamente, perante o outro, em falsa modéstia.
Jorge Humberto 31/01/09
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