
SÃO DE TODOS MEUS VERSOS
Data 14/01/2009 18:22:55 | Tópico: Poemas -> Amor
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Nesta folha branca, onde minhas palavras, encontrarão ou não, seu significado, tomo-a para mim, quando, no fim, a vós vos pertence, lendo ou não, o que nela deixo.
E na brancura da folha, em toda a minha cortesia, espalho fragrâncias, de mil flores colhidas, de modo a levar-vos, um lindo jardim, que, em vossas mãos, rosas hão-de ser.
E enquanto a alva folha, se dispõe, em toda a sua generosidade, a aceitar os meus versos, serão vocês, leitores, a comungar com eles ou tão só ignorando, o que estais lendo.
Como neve, ante meus olhos, a folha (tão vossa, e, da qual, tomo liberdade, de dela fazer uso), pede-me que aflore, sobre o amor, como único meio, de virmos a alcançar, a harmonia perfeita.
E assim, quando escrevo, para todos vocês, deixando de ser meu, para ser vosso, o que escrevendo vou, eis, que, aí está, o amor maior, que conheço, dando-vos meu dom, sem reticências.
Sentado num penhasco, e, descendo o sol, sobre mim, guardo, ao longe, o rio sem fim, aquele, que agora vos oferto, nestas frases, que são de água, matando a sede a quem lê, o que sempre foi deles.
Tudo que escrevo ou não escrevo, enfim, nunca foi meu, apenas consciência de muitos, que deram-me o privilégio, de exercitar meu pensamento, por de forma a chegar até todos, através de sua grandeza.
Por isso, também, não poderei esquecer, minha Musa eterna, pessoa minha, tão amada, que me trouxe, da humildade, à verdade, que deve reger, todo o homem, de boa vontade, para com os demais.
Jorge Humberto 13/01/09
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