
SEPULTO
Data 08/01/2009 22:55:08 | Tópico: Poemas
| SEPULTO (Davys Sousa)
Olhares perdidos, inconscientes permanecem sobre os seus rostos. Exposto sobre a mesa de jantar, um corpo deitado. Estava dormindo, O sangue dilatando-se por fora, instigado Pela boca. Todos, ali, sentem correr no pensamento O choque ante a antecipação da morte, Mero acaso ao conhecido - a ilusão, A penúria, a renúncia, a desvairada Dos herméticos em aversão Do infinito caráter que aglutina A languidez em sonos subterrâneos. Lá!, estavam em pleno sepulto do morto, Tomando café, falando de coisas descabíveis, Dando gargalhadas de poço, de roer os pés, Beijando-se, abraçando-se como o último dia Sobre a Terra, que "Tanatus" lhes dera e fará. Enquanto o sol queimava seus corpos, Não havendo tantos motivos. [Davys Rodrigues de Sousa]
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