
POETA… ÉS TUDO!
Data 07/01/2009 18:34:21 | Tópico: Poemas -> Alegria
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Quisera eu ser um poeta, para só assim, levar capacidade, de me transformar, num belo pássaro, daqueles, que nunca se cansam, planando por cima das ondas do mar, quais flechas, lançando-se às águas, buscando o novo peixe.
E entre o rebentamento das ondas, desde o nascer do sol, até ao sol se pôr, ali fazer minha vida, entre rochas e espuma, qual fosse então um cavalo, que em liberdade corresse, em uma verdejante planície, escutando ao longe, o som sumido, do abismo.
Não resistindo, ao apelo, do imenso rio, entro cada vez mais, mar adentro, desafiando temíveis ondas e ventos, que, quase, me derrubam, do céu, até ao azul profundo, mais abaixo, que tudo sacode, à sua passagem, causando enorme temor, só de ver.
Tal imperturbável, senda da natureza, apesar de tudo – e nascido que fora, para ser um albatroz –, era apenas a minha vida e que eu havia escolhido, pela pena do poeta, que, obra realizada, partiu, para nunca mais, aquém mar, ou além-mar, indo satisfazer fantasias.
Bem-dito, sejas, ó poeta! que acolhes, dentro de ti, infindáveis mundos, fazendo do banal, algo indescritível e de imenso valor. Trazendo sonhos, a quem há muito, já os perdeu, ante a dura realidade, onde a tua imaginação criadora, tem de ser cultivada, sempre.
Jorge Humberto 06/01/09
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