
Naufrago
Data 06/01/2009 23:53:53 | Tópico: Acrósticos
| Quando todas as mentiras boiaram Eu fui obrigado a me sustentar sobre uma delas Para não me afundar, Mas a solidão, devido à indiferença dos que, Mais que me ignoram Tornou-se impossível a sobrevivência neste lugar.
Por todos os lados há fragmentos de um mundo Que virou retalhos, Meus pés flutuam longe do fundo E o céu esta povoado de urubus, O sol de um meio dia eterno me cozinha os olhos, Daí minha esperança é chegar à ilha Que a cefaléia produz.
Tive ainda a pouco a impressão de ouvir gargalhadas, Percebi o socorro passar não querendo me perceber, Senti a consciência se fazer uma ancora tão pesada Pondo-me no meio do nada, Preso ao que eu não quero ser.
A esta altura a sede me fez esquecer, a fome, Os braços dormentes se recusam a acreditar em mim, Ironicamente o sal me consome, Come-me, Sem pressa que eu chegue ao fim
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