
Desengonçada
Data 30/04/2007 12:21:15 | Tópico: Prosas Poéticas
| Não me asfixies E eu sei que não E é esse saber que me asfixia Não o teu saber Mas, o meu surpreender De não saber O porquê Desta não asfixia Não penses que é recíproco Ou até sensatez Pensa antes que é loucura Este meu conhecer Isto não é um embarco Apesar deste descalço É qualquer coisa de perigo Para além do movimento E este modo desengonçado É algo inerente Assim como o orvalho Numa noite de desalento Como que um desabitar Da confusão Para quê tantas tradições Se o que eu quero são ilusões E não importa o labirinto Repara no momento Que importa se demora Prevalece o pensamento Vê lá se percebes Que nada há para entender O que existe tem sentido Mesmo que esteja por decidir Talvez seja subúrbio Esta minha insensatez Talvez nada seja Nada mais que uma qualquer invalidez Que importa o que seja Nem que seja confusão Quero lá saber o que seja Desde que seja Um qualquer desatar Não penses que é loucura Este meu conhecer Pensa antes que é um apagar De uma qualquer sensatez
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