
Em asas d'oiro e prata
Data 21/12/2008 20:17:25 | Tópico: Poemas
| Voando em asas d’oiro puro Pairando em águas de prata genuínas, Calando o quebrante murmuro que tanto ouvi Levanto outro tanto de que tanto me iludi.
Profecia a popular que me avisou o quanto Necessário mais não seria, mas precisava pois eu Dum desencanto que tardou e não chegou Senão quando já em pratas e doirados o desejo me afundou.
Princesas vi que de pobreza debroados vestiam Não era sua condição de bolsa que contava Mas seu leito de nascença, não olhando a quanto, Fazia seu jazido e protegia quem sepultava.
Mas em tempos não medievais que fazei os que de pobreza caiem. Pobrezas diferem em tempos até, Quedas dos marfins e ouros são a quem supultam, Sem cuidados nem fé.
Subindo nesse voo de asas futeis de tão preciosas Alturas belas, maravilhosas as de um pássaro não puro Vivi graciosos momentos em vistas tão perigosas Que de traiçoeiras me amarraram em suas teias. Não, nunca medo tive. Vertigens ignoradas Preferi calar o vaco, dar voz ao mundo de brilhos Que me chamava. Não, nunca chantagens elaboradas Só um olhar demasiado perfeito e danças quanto basta de enamoradas.
É engano a beleza do que embala um sonho errante É um perigo com laço cor de rosa e doirados que deita baixo E tão grande é a queda do pássaro que voa demasiado alto na sua pureza Como no que voa baixo em seus doirados e dureza.
|
|