
VERSOS PARA CONSCIÊNCIAS ESCLARECIDAS
Data 20/12/2008 18:17:23 | Tópico: Poemas -> Reflexão
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Penedos afundando-se, nas águas revoltosas do mar, que, aos poucos, vai roubando terra às águas, em suas marés derradeiras, batendo persistentemente nas rochas, desgastando-as invariavelmente, vão-se afastando, cada vez mais, de seu ponto de origem, levando pessoas a abandonar suas casas.
O mesmo acontece com os faróis, que, antes, estavam bem afastados da costa, vendo-se agora na eminência, de, pela mão do homem, entrarem por cultivos abandonados, até alcançarem uma boa distância, que os proteja, da resistente progressão do mar, de volta ao seu útil trabalho, de sempre.
Espuma como crinas de cavalo, galope de galgos, não cessa seus intentos, roubada por medonhos redemoinhos, que até os pássaros marinhos, temem aí buscar seu peixe, pela experiência vivida, de verem, muitos dos seus, serem esmagados, contra a parede de granito, que, só pela aparência, parece indestrutível.
Por ao longe se acharem, raras florestas, ainda nos dão uma leve sensação de segurança, e, por incrível, que pareça, roedores e pássaros, em pequenos espaços, resgatados, pelas gentes, das aldeias rurais, fazem aí suas casas, enquanto uns cantam e outros, galhos, após galhos, aperfeiçoam, seus belos ninhos.
Só quem trabalha arduamente a terra, de manhã até à noite, sabe dar o valor devido à natureza, e, o pouco, que lhe deixamos, para uma quase impossível regeneração, por isso se preocupam, por pouquíssimo que tenham, em cuidar das árvores e dos animais, aí residentes, não entrando em conflitos estúpidos, egoístas e desnecessários.
E, no cimo, de uma rocha negra, branca rosa, se fez símbolo, de um novíssimo amanhã!
Jorge Humberto 19/12/08
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