
UNS E OUTROS
Data 18/12/2008 18:49:42 | Tópico: Poemas -> Reflexão
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Tenho meus olhos raiados de sangue, pelo choro e sacrifício, dos que já não choram, por que secaram por dentro, ante sua miséria e a indiferença, dos demais, que, deixaram de escutar, o tímido apelo, há muito petrificado, no verdete das escadas, e, que, no etéreo das ruas, se foi perdendo, por entre o bulício e as gargalhadas, de conveniência.
Andrajosos e sem qualquer asseio, no seu corpo, tentam passar despercebidos, para não ferir a paisagem invicta, por isso os vedes sorrir, ante sua clarividência, que, para agrado de muitos, preferem chamar de loucura, pois só assim mantém sua frágil condição, diante daqueles que renegam vilmente, com todas as suas forças, de gente vulgar, fazendo-se passar, por classe média.
Porém é sabido, que vivemos num mundo de mentira e diz que diz, onde reina cobiça e se pousa, com sua melhor máscara, para se fazer passar por aquilo, que não se é, e, se for preciso, pede-se às amigas, suas melhores pelúcias, para se pavonearem, por entre a multidão e os carros, que espreitam, todo este figurino Dantesco e de proporções bem despropositadas, levando esta gente ao ridículo.
Sabe-se de antemão, que, são estas pessoas, que se escarram, nas esquinas das paredes, vendendo seus corpos falseados, fora de prazo, e, não os pobres, correndo de lés a lés, a cidade, procurando e pedindo comida, umas moeditas, que, vão guardando, religiosamente, pra terem sustento, durante todo o dia, pois que lhes basta pouco, para sobreviverem, de tão acostumados que estão, em viverem com o que têm à mão.
Antes a verdade, de um vagabundo, que não se esconde, ao que é, que, a mentira impregnada, por gente, que parece sofrer, de distrofia total, principalmente a mental, que lhe tolhe a razão e todo e qualquer tipo, de valores comuns e de bom senso, que bem sirva a uma sociedade, e, a todos, os que dela fazem parte, usando-se, somente, de seus correctos princípios, sendo capazes, de ajudar os bem menos afortunados.
Jorge Humberto 17/12/08
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