
A FAÇANHA DO BESOURO
Data 13/12/2008 16:04:42 | Tópico: Poemas
| Vez por outra Ouvia-se um galho Rufando no chão, Em farfalhante estertor. Que coisa estranha! Não havia tempestade, Muito menos, meninos, Em sua cúmplice curiosidade. Quem estaria, Furtivamente, Serrando galhos no jardim? Corte perfeito! Quem estaria por trás do exímio serrote? Remexendo na serragem, Ao pé do arbusto mutilado, Encontro, minúsculo cidadão; De negritude plena, De orgulho invulgar, Em sua obra acabada! Como ser tão primitivo, Tão desequipado, Realizaria tamanha façanha?
Ser digno de causar inveja Aos amadores humanos, Na inglória tarefa de exterminar florestas! Um pequeno besouro, Um inseto respeitável Em sua glória macabra!
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