
Tributo a Zeca Afonso "Liberdade"
Data 25/04/2007 07:51:14 | Tópico: Poemas
| Havia um sobretudo roto e um corta-vento, um esconder de um corpo em grades sem asas. E um mastigar no ventre do vento, a palavra alada. (Que a liberdade, essa, estava algemada em masmorra hedionda).
E haviam doridas vontades de elevar raízes, de alongar as estradas de todas as tardes, em liberdades …
E Abril chegou. Antecipou nos cheiros as rosas de Maio, sulcou de vermelho, os cravos das horas. Erguidos. Altivos … Enfeitaram canos de espingardas. (Desnecessárias).
E dos pássaros-lábios, outrora cerrados, brotaram líquidas palavras. Cânticos líricos… E dos olhos, em emoção, milhões de lágrimas sulcaram faces-margens, sem retenção... Lavraram arados as ondas dos dias …
Semeadas agora, brotam urgentes, sementes, da Terra quente. Emergem em festa, virgens florestas. Dádivas, ofertas …
Havia um sonho, na véspera do tempo … Era dor … lamento … Hoje é Liberdade, aberta que está a porta da verdade!
*** E porque falar de Zeca Afonso é falar de Liberdade, deixo aqui o meu tributo em forma de poema. Escrevi-o num outro dia em comentários do Blog Ecos do Tempo...
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