
PELA MINHA VONTADE
Data 30/11/2008 16:45:08 | Tópico: Poemas -> Amor
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Não… não me digas nada, por favor! e que eu solte as amarras, deste silêncio, que me cerca, e, de tanto te procurar, se faça o nosso encontro, realidade.
Agora que desfrutas, do prazer marítimo, que te traz o mar, generoso, imenso, em sua dádiva natural, apelo aos sentidos… e viajo incógnito, por todos os azuis do céu!
Por isso, e, sem que o notes, pela tua lembrança, chego-me a ti, descansando, linda, como sempre, no areal, depois de um banho refrescante, onda atrás de onda.
E sem que o vejas, pois que me tornei etéreo, sinto o cheiro de teu corpo, juntando-se ao do sal do mar, e, vejo-te sorrir, às gaivotas doidas, que te cercam, na esperança, de uma migalha.
De repente levantas-te e as gaivotas dispersam, enquanto eu, ser invisível, mantenho meus olhos pousados em ti, e, toda a graça, de mulher, acompanha-te, passo a passo, olhando a horizonte.
O sol desceu, e, cobrindo-te, por inteiro, o rosto, até o próprio mar se envergonha, ante tal beleza. Cabelo solto e selvagem, olhos cor de mel e um sorriso, que manténs insistente, em teus lábios…
Quase que te posso tocar, que intenso é o desejo e a saudade! Mas guardando, cada gesto teu, que bem conheço, soletro teu nome baixinho, entre nuvens e o mar, cá mais em baixo, e sinto-me teu.
Por hoje parto, meu amor, guiando-me pelo vento, mas no fundo estivemos juntos, em cada coisinha, do qual fizeste o teu dia, e, eu estava lá, observando teu ser, deixando meu amor sem fim nem barreiras.
Amanhã regressarei, metamorfoseando-me, no que mais não é do que uma vontade expressa, de meu ensejo, em estar junto a ti, a qualquer momento, que o pensar-te, assim o exija, sem nenhum esforço.
Jorge Humberto 29/ 11/08
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