
Soubesse eu que eras ténue!
Data 20/11/2008 17:20:23 | Tópico: Poemas -> Amor
| soubesse eu que eras ténue! brisa dos cinco elementos. formada no rompimento dos tecidos humanos ou em desejos momentâneos. já idos! em Março.
vislumbrei-te sem halo. intacta! como a lua despida ao Outono. e aceitaste-me com um sorriso de estrelas.
foi no hausto do instante, inebriado pela miríade dos sentires, que me deixei, despercebidamente, sucumbir. o tempo foi-se, exausto. e nem sequer, os teus lábios provei.
Soubesse eu que eras ténue! mas não soube. e despojando-me das vestes artificiais, fui pregar às areias do vento.
o voo das aves corria no fluir das lágrimas ou na força vital que pulsa nas artérias, e foi nas águas do deserto que reencontrei a dupla hélice da vida.
a lembrança? deixou de estar corrompida.
falhei o teu breve partir. mas sei-te ténue, sei-te minha. no profundo das sequóias vermelhas.
in Comentários na face da Noite
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