
"Desgarrada poética"
Data 13/11/2008 17:56:13 | Tópico: Duetos
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Vóny O medo jugula a minha esperança A raiva é uma vacina que me mata Diz-me, amiga, porque será que chora Aquela doninha infame à minha porta?
Glória Chora talvez o arroubo do momento E no contexto de linhas tão latejantes Talvez só queira a voz, que vale por tantas Que alivie da fonte, o pavor arquejante
Vóny Sou crocodilo na fome de te conhecer Coqueiro imponente nesse céu longínquo Por mais que eu queira de ti fugir Faço das minhas fugas um novo regresso!
Glória As horas do tempo avisam quem somos E o mar é impotente, não projeta futuro O coração sabe a verdade do que vemos E o tempo segue prevendo encontro seguro
Vóny Fala-me, amiga, deste repentino sufoco Que nos enfeita a alma de dúbias sombras Por mais que cortem a raiz do pensamento Eu chego até ti, galgando sinuosas pedras!
Glória Sombras não anulam sentimentos sinceros O coração outorgado serve de cimento Une as pedras, que depois serão escudos Muro de arrimo, que servirá de alento...
Vóny Ferreira e Glória Salles
13 de novembro 2008 15hr:32min

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