
Poema ao Jantar
Data 03/11/2008 18:24:57 | Tópico: Acrósticos
| Olá, que estás a fazer? O jantar. O que é que vais fazer? Um poema… Só um poema, ou alguma coisa para acompanhar? Sim, vou juntar-lhe o tempo... e meia dúzia de pensamentos, dos mais pequenos… Posso ajudar-te? Claro, fazemos para os dois. Passa-me aquelas palavras… Quais? As que estão por aí sem norte, desarmadas e frias. E servem? Vais ver, tenho um truque que as torna de ler e chorar por mais. Não estão duras? Com um pouco de paciência e cozedura lenta, amolecem. Espera, preciso de bater primeiro o coração. Queres que bata? Bate comigo, os dois somos o número ideal. Põe mais beijos… mais, não deixes cair muitos de uma vez. Tem já uma bela cor! estou a ficar cheio de fome. então pega no meu corpo e aquece-o, Não deixes queimar, mexe sempre os olhos, repara na cidade e nas sombras que diminuem. cuidado não vá engrossar esse modo de ser. Já podemos juntar tudo? Falta-me a ternura, não sei se restou alguma, tive um poema enorme a semana passada. espera, já cresceram mais umas folhas. Apanha com cuidado, para a deixar crescer outra vez. Agora basta que me tenhas e me queiras, Junta o ramo de cheiros que a tua memória colheu Cheira, como é bom essa pitada de loucura que juntaste. Vá, senta-te, Vou servir. Pão? Não, prefiro assim. Traz o vinho Tinto? Claro, e tu senta-te, não quero começar sem ti.
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