
E depois dizes que não pareces um anjo!
Data 25/10/2008 19:27:00 | Tópico: Prosas Poéticas
| Sentas-te num pedaço de terra e ficas a observar a paisagem, o verde a rodear-te, inspiras e sentes aquele cheiro a terra, a árvores, a lenha a crepitar nas lareiras. Fechas os olhos e ouves a natureza à tua volta, o chilrear dos pardais nos castanheiros, o badalo das vacas que cruzam os campos, o cão que ladra no casario ao fundo, a água que corre no riacho que banha os campos de milho. Tens os olhos fechados e sentes-te parte da natureza, não há stress, sem trânsito, sem buzinas a gritarem-te aos ouvidos, sem multidões que correm sem sentido, sem objectivos, o silêncio que escutas só é interrompido pelo tocar do sino na Igreja indicando num melodioso Avé Maria que já é meio-dia. És só tu mesma ali naquele momento que é só teu. É tão bom não é? Agora abre os olhos e estende os braços, não parecem asas a querer estender-se para o céu? O teu corpo não tem vontade de voar por cima dos vales e gritares à natureza um forte Bem Haja? É verdade!
E depois dizes que não pareces um anjo!
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