
SORTILÉGIO NÁUFRAGO
Data 13/10/2008 12:12:04 | Tópico: Poemas -> Introspecção
| SORTILÉGIO NÁUFRAGO
Por vezes Quase verossimilmente infinitas, Naufrago no mar onde se processa A mágica digressão reflexiva.
Nestas ocasiões, O magma das palavras, Que me irrompem Do ventre do vulcão das premissas, Quando converge ao átrio da sua superfície E desce-lhe a montanhosa ravina, Reveste da piroclástica tinta A celulósica derme albina.
No entanto, ele estaca: A fluência perde o rumo, Aborta a sua trajetória, Esfria, vira água á maneira Da compleição do gelo, Aprisionando-se no indômito marmóreo iceberg que guarda O labirinto do esquecimento.
Portanto, sou pouco, Sou ar desfeito, rarefeito, safaroso: Sou maninha pedra, sou vazio, sou escriba tosco. Afinal, sou maresia: da poesia, verso trôpego!
JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA
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