
“A história de amor: De Amor e Morte…”
Data 12/10/2008 16:15:44 | Tópico: Poemas -> Amor
| “A história de amor: De Amor e Morte…”
Ele; Pequeno e de débil figura, Mas de harmoniosa e imponente alma. Ela; Majestosamente elegante em postura, Desesperante e agonizante em espírito sem calma. Ele; Definia-se em contornos de liberdade, Talhado em coragem, esforço e felicidade… Ela, por sua vez; Envolta de mistério e segredos escondidos, Marcada em escuridão, gritos e gemidos… Ele, em traços de pincel grosso; Revelava-se de um tom moreno e jovial. Olhos envoltos em promessas desfiguradas; Impulsivas e ardentes como o fogo… Ela, imperialmente pintada em segmentos macios; Banhava-se em finas jóias de experiencia. Tinha a pele branca e fria como o gelo. Possuía cabelos negros, sibilantes como cobras Os olhos eram oblíquos, entretecidos em sobras… Ele, chamava-se Amor… Ela, apelidava-se de Morte… Ele vestia-se em branco; Envolvido entre os raios do sol… Ela, no seu respeito de senhora; Escondia-se na opacidade da noite. Reservada entre sombras e escuridão…
Amor e Morte, mais que tudo na existência do universo; Amavam-se secretamente… Andavam, sempre e sempre de mãos dadas; Passeando entre sonhos e contos de fadas. Ele apreciava o nascer dos pássaros, E a simplicidade do veado a beber no regato… Ela deliciava-se com o macabro da vida; O cuco e expulsar os irmão do ninho, E lobo a cacear-se com veado em sangue… Ele; Aparecia na lentidão, Centrava-se, e espalhava-se no coração… Ela; Sempre na sua melancólica brusquidão E sempre deixando alguém no caixão… Lindo amor de morte! Mas um dia; Numa feia e trovejante discussão Morte, sem querer; Apontou o dedo ao Amor. E assim foi!… Amor morreu!... E na sua aturdida, e doentia tristeza de culpa, Morte atirou-se do precipício da paixão… E assim foi… Morte morreu!...
E assim veio esta história; Inalterável no tempo; E nunca contada até aos dias de hoje… A história de amor: De Amor e morte… Que secretamente foram vivendo o seu amor; Na placidez da morte!
BY: Blackbird…
Numa deliberada inspiração e numa impulsiva sede de escrever sobre o amor que sinto e vou vivendo nesta minha alma morta...
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