[Todo o poema nasce com os pulsos]

Data 11/10/2008 21:58:10 | Tópico: Poemas

Todo o poema nasce com os pulsos

cortados.

E o sangue que deles jorra

promove

trilhos sobre o silêncio da pele

do papel.



Há um súbito barco

erguido por uma criança

com ânsia

de nessas vias navegar.



E um olhar

que sobre o mastro pouse

esboçar-lhe-á

o rumo por entre o arquipélago

que há para além da linguagem.



Xavier Zarco
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