
ATÉ QUE TE CONHECI
Data 09/10/2008 15:54:09 | Tópico: Poemas -> Amor
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Tive namoradas na minha adolescência, por cada uma julguei delas todo o amor. Entreguei-me à verdade, e, eis que sofri, a indiferença, e, uma a uma, proscrição…
Por não saber mentir, fui-me afastando, isolando-me de toda a correspondência! conheci as pessoas amiúde, desgostoso, com os falsos sorrisos, vagando ao acaso.
Desde aí passei a ser uma pessoa isolada, entre jogos de interesse, onde nada valia. Que, as palavras, ditas, levava-as o vento, no entardecer das angústias mais sofridas.
Mas eu não havia nascido para ser apenas isto! Não fugiria contudo, à minha génese. Firme me mantive recusei-me aos ímpetos tão pérfidos, como o primeiro dos Homens.
Julgando as coisas diferentes eis resolvi-me casar, deixando pra trás meu lindo Portugal. Demais é passado e este nunca nos sossega, enfermo fiquei mais de ano até me resgatar.
De regresso, ao meu Augusto país, na cama me acobardei, chorando ausências e faltas. Porém, amigos de verdade, já pressentem, mesmo ao longe que nós precisamos deles.
E eu tive-os, sim, resolutos em me amparar, chamando por mim, incentivando-me a raiz. Até que o tempo foi libertação, vera poesia, surgindo como um novo fulgor: raiava o sol.
Mas faltava conhecer-te, aquela namorada, que tanto preza nosso amor acima de tudo! Ó companheira de todas as horas e silêncios maior que a própria natureza, amada musa.
Bem-dito o dia em que te conheci, embora já nos conhecêssemos, de outras andanças, que longe se fizeram perto, e, o Sim foi tão emotivo, que ainda hoje, não hei esquecido.
Jorge Humberto 08/10/08
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