
Palavras mais que soltas
Data 08/10/2008 10:50:49 | Tópico: Poemas -> Introspecção
| A dor no peito estala o sal na pele um olhar distante num viajar sem fronteiras o Sol uma flor andar de mão dada pela cidade estranha um lento chorar sem lágrimas
(À noite vêem até mim olhares de lume num corpo em fogo a Primavera reconhece-se pelo desejo de andar descalça num rio inventado de palavras acesas).
O sono completa o estado contundente das mentes adormecidas uma gota de água (um pingo de chuva ou uma lágrima?)
Os rios de solidão na espuma das maçãs brancas doces o suco das cerejas... (E o vermelho dos lábios resiste aos beijos pe(r)didos...)
Os cabelos esvoaçam ao vento fresco das marés.
A cidade é única a saudade esquece os amigos, os outros, nós e um barco no mar.
T(r)ocam-se mãos olhares e borboletas num tentar entender...
...Ir até ao fundo de um corpo assim alguém com quem partimos para o País do Sol.
13 Abril 1984 ; Coimbra; "Cadernos de capa negra"
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