
Em noite interminável vivo
Data 06/10/2008 20:26:44 | Tópico: Poemas -> Desilusão
| É tarde e a noite entrou em mim No dia em que entraste na minha vida Se escuro estou a ti te devo, querida, Se te procuro porque foges assim…
Não te mereço? Não te desejo? O que falta em mim não sei Lágrimas não me restam e ficarei Sempre triste, sozinho, cego estou se nada vejo.
História repleta de falsos alarmes em que eu te amava Em que mostravas amor, carinho, Amor, carinho a dobrar eu mostrava Mas agora vejo o fundo da garrafa de tinto E não estás lá.
Para onde foste? Por onde andas? Se na garrafa e no copo não estás Andas pela rua, demasiado sóbria para mim. Ainda me amas? Agora amo a minha vida, o tinto e o copo e o garrafão São a única razão de vida, e como passo o meu serão.
São duas da manhã e agarro a minha caneta Com dedos gordurosos e nojentos e feios Escrevo com o fim de esquecer esta paixoneta Mas não me consigo esquecer dos meios Em que te amei, em que me parecias amar. Mas nem tudo é o que parece.
Escrito pela noite dentro a 3 de Outubro de 2008
Agradeço comentários.
|
|