
Julia
Data 04/10/2008 13:41:39 | Tópico: Poemas
| Que lugar... paredes azuis e brancas portas amarelas o cheiro podre do soro o som medonho do coro de pobres pessoas que procuram promessas de melhoria saúde de outro dia dia que nunca chega assuntos triviais são bocas tão normais modestas em sua humildade são cenas irreais em olhos transversais tão sem brilho, eternidade e nesse branco escuridão e nesse pranto solução vejo um brilho advindo da vastidão vastidão dos olhos de uma criança prata brilhante, brilho, luz um brilho desigual, surreal um anjo animal no meio do hospital no seio do racional no devaneio do meu natal uma menina de olhos cor de prata ela chora, ela brinca, não se empata meu coração feliz arrebata seu sorriso inocente seu destino indigente sua luz prepotente um anjo olhos de lamina cabelo de ventaval claro, leve, ralo euforia de carnaval coraçãosinho acelerado até quem já se esqueceu como é ter mais que fosco em seus olhos esquecidos até quem já se perdeu em seu teorema vazio e tosco e acha que todos estão perdidos hoje sorriu e em seus olhos eu vi um timido brilho de vida mesmo que por sorte refletida seja só a luz que emanava dos olhos daquela criança e nesse dia anormal nessa peça teatral eu vi deus nos olhos de um anjo eu vi deus no sorriso de um igual eu vi deus de manhã, no hospital Para uma criança especial, que eu nem cheguei a conhecer ^^
|
|