
esgueiro-me à noite pálida da incerteza (texto nº 600)
Data 12/09/2008 10:45:58 | Tópico: Poemas
| esgueiro-me à noite pálida da incerteza azul decalcada em fragrâncias sem cheiros de linhas paralelas de vazias
rabisco-me breve num ímpeto febril de audácia e devaneio caminho arestas em forma de cotovelo vielas sinuosidades de convexas
delongo-me num tempo que ainda não é o tempo, visceral e justo, de vindimar socalcos à serra…
dispersa desperta vislumbro sempre planícies de capelas imperfeitas nas calçadas imprevistas no íngreme evidente dum céu ora límpido, ora soturno, bordado a luz em crivo aberto em alinhavos de palavras aciduladas p’lo vento…
prossigo. guio-me guiada apenas p’lo teu perfume intenso de homem-rã, de sangue coalhado a frio, com pólvora a transbordar dos bolsos e olhos rubros de amanhã.
encontro-te na meia desfeita de uma cama confrangida em chama, onde te espero sempre, dia após dia, noite após noite, em químicas de magia e desespero, aguilhoada ao verbo, e, porque ausente, flor de acácia desvalida, adormeço,
acordo aqui, no ventre de um poema, pincelada rudemente a argila… … ou pó de gesso!
*** Só foi possível chegar aqui (600 textos)com a vossa amizade. Bem-hajam, todos os que me lêem e, dessa forma possibilitaram ter atingido mais de 100 000 leituras deste 03/03/2007. GRATA, muito grata.
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