
Eu, Caminhante Errante
Data 04/04/2007 23:18:24 | Tópico: Poemas
| Não sei como começou Parecia bom demais para quem sou Nem procurei saber porquê. Pensei que era mais um caso Daqueles que aparecem por acaso. Me levam na conversa que eu já conheço E por vezes até obedeço Faço o que o manda o coração. Desta vez nem hesitei Nem sequer procurei Desculpas para não viver Desculpas para não te ver, Entreguei o ouro ao bandido. E mesmo de peito ferido Enfrentei o medo inimigo. Curei lambendo as minhas feridas Sei bem o que são recaídas.
E desta vez vai ser até ao fim. Quando o fim é no sair daquela porta O que já nem me importa. Preciso de saber se ganho ou se perco Não posso mais viver em céu aberto Procurando o sol em pleno Inverno. Preciso saber sem engano Se fico ou vou andando.
Sem doses pequenas de amor Prefiro sentir a flecha e sua dor. Melhor sentir de uma vez A paixão que é incerta. É o Cupido que certeiro me acerta E me nega o direito de não querer. Fiz o que o coração me mandou. Mas agora já rendida nos teus braços O que faço sem sentir os teus abraços Que a distancia não permite? E da circunstancia que me demite Do direito de amar sem condições? Tenho apenas um caminho. Não cruza o teu. Como caminhante errante e seus ensejos Sigo, vivendo, conquistando meus desejos.
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