
Futuro (im)Previsto
Data 04/09/2008 21:25:50 | Tópico: Poemas
| Mil e uma histórias De um poeta sem poesias, Do homem de todos os dias Acordes de guitarra que ouvias, Um castelo e suas ameias Onde nem tu distinguias Aquele disparate que dizias, Que só tu vias.
Chora o amargurado desgosto No meu ombro composto Só para o teu rosto, A lembrar o mês de Agosto, Do ano todo o seu resto. Diz-me, agora que estou disposto Tudo agora que for suposto, Sobre o nosso amor funesto.
Dias sem sonhos Cativantes e medonhos. Versos ditos e risonhos Almas sem sentidos, Compenetrados e falseados Ouro em rios descarnados, Filamentos estúpidos, Homens loucos.
Uma pedra pelo fogo partida Que se torna um pedaço de comida, Temer para além da vida… a vida. Fome de existência sofrida, Povos de uma planície varrida, Hospedeiros da doença espalhada, Imperfeição de nome SIDA, Perseverança numa fé perdida.
Esperança que se procura Numa qualquer rua escura Que nem tem largura Para sofrer de amargura. A dor insiste e perdura No gázeo do homem de alma pura Pedaço de pão que não dura Morte que vem a qualquer altura.
Sustento não há, pois que saibam Todos esses loucos que não recuperam Das tragédias que cometeram, Das vidas que tiraram, Malogradas causas que combateram. Agora… agora choram As balas acabaram, Mas as vidas não voltaram.
|
|