
Soneto da Vida
Data 04/09/2008 01:30:14 | Tópico: Sonetos
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Viver... É aprender a morrer todos os dias Pois que a morte, qual única virtude, É um premio a quem viveu a vida em plenitude, E em plenitude se entregou às fantasias...
Se assim não fosse, mesmo havendo quem diria: -A morte é uma miragem, nos ilude, Trajando o manto negro da vicissitude... Ninguém então, em sã consciência, morreria!
Viver é compreender que a morte é inevitável... O certo é que morremos pouco a pouco No cabalístico mistério do impalpável!
Vivamos, pois, a vida mágica dos loucos, Que a realidade pérfida e imutável Nos traz a urgência no martírio do sufoco!
P.S* Neste soneto “Alexandrino”, todos os segundos versos dos Quartetos e dos Tercetos foram intencionalmente compostos em Decassílabos. Motivo: Um estudo referente a ritmo nos versos dos sonetos. Tese: Versos Alexandrinos podem vir intercalados com versos Decassílabos sem causar perda substancial no ritmo da leitura do soneto!
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