
nota de suicídio
Data 02/09/2008 12:35:24 | Tópico: Poemas
| Sempre fui o bardo da festa, um fardo que não presta, que não cria em luzes cintilantes neste túnel de desilusões ambulantes. Até te conhecer o túnel era o meu saber, mas libertaste-me dessa cruz e trouxeste-me para a luz... A nossa vida foi cheia, muito mais bela que feia; deste-me o que nunca tive e é por ti que o meu ser vive... Mas viste a sombra do túnel, provaste do fel e viraste-me as costas, de mim já não gostas!
A última coisa que quis foi magoar o teu sorriso feliz, agora quando me olho ao espelho ele parte-se, não de velho: de incúria, da minha fúria, daquilo que se afastou de mim quando te conheci, querubim... Peguei no carro que adoro e no meio de um repente, choro e voô para a ribanceira do infinito, para os braços deste meu grito
Adeus Depois de uma conversa com a minha ex-mulher, a contar-me que um amigo da minha cunhada mais nova, tipo com mau feitio, tinha morrido de acidente de viação despenhando-se de uma ribanceira perto de Sesimbra, após discussão com a namorada.
Descanse em paz.
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