
Afirmação
Data 01/04/2007 22:09:01 | Tópico: Poemas
| Por crença aberta, Por folha deserta Que ciranda ao vento, Pelo fim de um momento Que planto e invento Em espaço largo, só meu... Por surpresa de véu Ou por promessa ao léu Digo que escrevo Na quarta folha de um trevo Que me diz sorte! E até me atrevo, Em desafio de morte, A uma cernelha ao mundo Em que ninguém é alguém, Segurando-me, bem seguro, Às letras que se cravam fundo Num dorso já calejado... E sangrado...
É, então, que levanto o nariz E digo ao infeliz para ser feliz, Para, de crença aberta, Cultivar numa folha deserta Que volteia com o vento Em momentos plantados sem tento, Inventados e acabados em espaço Que não cabe num abraço. Digo-lhe que prometa promessa sem véu Num querer ser do tamanho do céu E depois me diga: “Olá! Este aqui, sou eu!”
Valdevinoxis
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