
Ao Poeta do Ganges, ao BulBul do Ocidente
Data 25/08/2008 00:08:30 | Tópico: Poemas -> Dedicatória
| I.
Há em tudo semelhança entre o Ganges e o Sado
Há imortal vida nos povos circundantes Há sonho feliz de morrer sob a corrente, Mágica, que nos conduz a vida Eterna.
II.
Sob a protecção do sonho, o respirar que insufla a vida, neste areal de desejo, a Vida caminha intemporal à vida, irreal ao sonho
É como o desaguar intravenal desta água correndo em mim
É como o rochedo erguido, esse velho e imortal barbudo que sorri ao nascer do sol, que beija as ondas do mar com um amor indelével que une as duas pátrias do sonho, Índia e Portugal...
III.
Neste denso arvoredo nascido da força Natura rompendo a pedra-mãe pendura-se no rosto do Rochedo,
Este velho penedo, guardião de mistérios, ouve o vento confessar-lhe um segredo
Ao Zéfiro dizes que a Luz Aparecida vem do fundo da Terra da Pátria (re)nascida.
IV.
Na Serra do Sonho, na Mata do Silêncio, vive Solitário o monge esquecido,
do alto ama a Vida do baixo contempla o Mundo,
Ora ao Divino, À Mátria de Tudo,
Corre sozinho sobre o Mar, A Alma Perdida, A Alma Renascida, d´um Poeta a Cantar.
Francisco Canelas de Melo Arrábida, Julho de MMVIII
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