
Jardins defuntos
Data 20/08/2008 01:49:35 | Tópico: Poemas -> Góticos
| Ergo as mãos em júbilo esquizofrênico, Sangue do Senhor respingando na face, Sorvendo as lágrimas da criança crucificada a serpente, Insinua-se entre as pedras do jardim.
Que importam todos este túmulos orgulhosos, A riqueza perdida entre montes de cinzas e tantos lamentos decompostos, Veja que a mais pura da almas perdendo-se no sonho de paraíso. Tudo isto enquanto o Vampiro conversa comigo ofertando o reino que não existe, Prefiro manter-me cá na vila, pequena e frágil jóia infernal, terrena e vulgar.
Passeio nos campos e nas montanhas, O céu negro envolve -me com o vento frio desabado sobre telhados frágeis, Janelas feito olhos fechados,infantes espancados observam no escuro, Enquanto preces deixam de ser atendidas n`outro desmaio silente,agora o último.
A cantilena das bruxas em torno da fogueira plangentes acordes de violão negro e tristonho bardo povoam a mítica floresta e suas muralhas vibram, como o entrecortado estrondo de mar em rocha nos portos distantes Impávida barreira nos limites abruptos do abismo de águas furiosas.
Brumas de paixão, virgens amortalhadas, ressucita-me Onipresente Criador, teu filho bastardo dos ermos jardins enregelados, Pó também é teu reino,caveira minha face, Esplêndida languidez de nobreza sacrossanta Devolvo a cruz tomabada nos ombros do Primogênito e tu restituis a inocência de minh`alma.
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