
CARNE E ALMA I
Data 14/03/2007 12:50:00 | Tópico: Homenagens
| (Homenagem ao Dia Nacional da Poesia) 14 de Março de 2007 - 09:32 a.m.
Tu, Poesia, é canto, mito que se embeleza Como um sempiterno retrato de Vênus. Falas, por nós, teu canto vibratório. Penetras a todos com suspiros d’alma.
Ergas-nos com tua rosa: Sonhos suspirados de muitas alegrias E lágrimas convertidas no ventre, teu. E com tuas asas de luz Ritmadas pelo canto de tua revelação É o calor da emoção.
Tu, Poesia, tens curvas e relevos De tal lucidez e embriaguez Que teu canto percebe-se, Mesmo sentido em pranto.
Desmistifica a realidade para aquele Que em tua ausência nostalgia-se Porque tu és a essência daquele vate, Que tu inspiras no profundo vale De teus sonhos e desejos, inexoravelmente.
Amamos-te, Poesia, musa lírica De tantos vates que exaltam tua altivez. Tu, Poesia, “Virgem da mácula do ventre De teus filhos e amantes .” Suscitas em nossos espíritos Em que se dá em nós o fenômeno das coisas Ao um sentimento recluso.
Teu corpo, libertação da alma, Sangue, palavra e divindade calma Da expressão lírica, erótica e exorbitante.
Em todos os cantos do Mundo Cante, Poesia, branda esperança Aos teus amantes cuja palavra se enverdece Condicionados a ti, porque de ti nasceram.
Salve a Poesia! Todo dia é dia de poesia. Saudemos TEU DIA! Onipresente na vida de todos. Condicionamos a ti, porque de ti nasce a vida abstrata De um ser, inconsciente, presente.
Rasga-nos as vestias de nosso ser, Profundo, dormente e lasso. Necessitamos de tua presença. Tu és nossas almas, Que são espelhos de tua imagem.
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