
FEBRE VAMPÍRICA
Data 18/08/2008 13:35:33 | Tópico: Poemas -> Reflexão
| FEBRE VAMPÍRICA
Gostaria de que todos soubessem que a centelha de um novo ardil Já há algum tempo fora acesa: Ela progride paulatina e carcome as bases da fátua inexpugnável Fortaleza.
De início, ela cavalga sobre o lombo das palavras; Em seguida, lança um ferino redemoinho de amostras E depois infunde sobre os indômitos guerreiros O magma da vergonhosa reverência, da incicatrizável escravidão!
Auferido o seu fito, Ela não pára, não se sente saciada: Na verdade, a sede da conquista A laça, a doma, a faz cativa da sua contínua lascívia.
Entretanto um dia ela falhará: E quando essa falha ocorrer, Uma fissura descerrará sob si, Fazendo-a verter num precipício Em que se tenha somente uma perspectiva: A perspectiva do infinito vazio. Sim, este é o condigno destino De quem tem a ambição por desígnio.
JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA
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