
SURREAL
Data 17/08/2008 15:55:23 | Tópico: Poemas -> Surrealistas
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Desvaneceram-se os últimos segredos, segregados nas fímbrias do tempo, por entre frestas, da madeira antiga, carcomida, por gritos surdos, nunca antes aqui ouvidos nem entendidos, que os ventos não deixaram perceber, no seu corrupio agreste, a Levante.
Pés descalços, por sobre a areia, da praia, tudo se torna mais nítido, à medida que as ondas vão e voltam, num ritual diário e sistemático, onde só a natureza tem voz activa.
Cavalos de espuma e galgos, expressam sua vontade de mar e de areia; estranhas sombras à beira-mar, descanso para olhos cansados.
Desvendado o subtil segredo, soubemos chegada a nossa hora, e, em grato alarido, mergulhamos nas ondas, buscando o líquido materno, nos quadros antigos, com pregos na parede.
Jorge Humberto 16/08/08
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