
Ânagrama de existências
Data 10/08/2008 21:36:03 | Tópico: Poemas -> Introspecção
| Talhados de inquietude nós somos o dardo que os braços lançam ao declínio da idade. É o desaguar do tempo pelo cúmplice relógio, desabitados no silêncio da ansiedade que conseguimos ter.
Somos a esguia linha de cada momento, corpos de desejo, amantes e na mesma noite onde a vida começa colhem-se vícios nos rostos tristes - sem tino sofre-se... estamos no rodopio dos anos como escravos fumados em mortalhas de um destino que ninguém viu. Em cada olhar naufraga um cigarro, e em cada cigarro a boca sangra mordaças de medo a uma alma humilhada de casualidades.
Tonto de vazios soalheiros o pensamento tosse bofetadas de dor - cansado de escurecer sozinho, amarrotado abandono o caminho, visto a minha pele e saio na água das palavras sem prefácio, a vida é assim mesmo, ... uma obra inacabada, uma raiva de existir num gesto incompleto.
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