
Tinhoso
Data 31/07/2008 00:37:03 | Tópico: Poemas
| Tinhoso
(ao poeta Jenário de Fátima)
Rumino desde a lua prenha De sorte desse embaraço Um verso atado ao braço Danado como uma senha Ô xente! Me tragam lenha... Que eu vou contando ligeiro No ouvido do forasteiro Um xote com tino e gosto Seu moço,afirma o pescoço Nesse repente tocante Que tenho como ajudante O chão do sertão inteiro O cabra novo e iletrado Foi um poeta arretado Vendou os cordéis na feira Foi fulô de gameleira Foi carcará de janela Tanto verso põs no mundo Que a gemedeira dispara Lá pros lados da Inglaterra. Cantou em dez mil cidade Com rabeca e humildade Falou da infância pobre Nobre e descalço menino Trepado num cajueiro Pra mode ouvir quando o sino Anuncia a devoção Queria o coração sem vício Apelou à padre Ciço Por toda aquela oração Ser famoso no estrangeiro Ter cavalo e ter dinheiro E nunca esquecer de ser bom...
Nina Araújo
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