
Borba
Data 24/07/2008 15:09:55 | Tópico: Poemas -> Dedicatória
| "Borba"
Neste altar descontraído, Oiço Borba a respirar... Como um tal sexto sentido Na ternura do meu lar...
I Alentejo és caprichoso De fato longo e matizado... És primor do teu passado, Com isso sou orgulhoso... Teu encanto é vigoroso, É cantado e é vivido... Um prazer que é consentido No pulsar do pensamento... Como cor do meu alento Neste altar descontraído
II Terras... montes e vinhedos, E velhinhos olivais... Está plantada em brandos vais, Entre os bravos arvoredos... Estendida entre penedos Que se vendem por bem estar... No calor do seu pulsar Levo a luz do meu consolo... E no leito do seu colo Oiço Borba a respirar...
III Os seus braços são bondade, E seus olhos de menina... Diz a História a sua sina E a fonte identidade... Seu pensar, meiga saudade No seu peito enaltecido... Tem no dorso descaído A razão do seu império... Que se enfeita de mistério Como um tal sexto sentido...
IV Veste as hortas da ribeira Num colar alvo e castiço... Demonstrado no seu viço E na face mais trigueira... A viver desta maneira, Mostra o dom do seu pensar... Com o vinho a germinar Pelas veias desta gente... É como um lindo presente Na ternura do meu lar...
António Prates
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