
VAZIO MENSURÁVEL
Data 24/07/2008 11:11:19 | Tópico: Poemas -> Introspecção
| VAZIO MENSURÁVEL
Fito o meu quarto, novamente emantado por uma bruma lúgubre: Bruma que é a própria lugubricidade em mim contida. Eu não disse, não disse que eu não conseguiria escapar Desta sombra maldita que me molda o fluxo da vida.
Pois é, A sensação de segurança, Que parecia ser tão sólida conforme uma rocha, Num repente se liquefez e encontrou seu estuário de longa data.
Mas, na verdade, Desde o princípio eu soubera de sua índole volátil. Sim, a fragrância da fugacidade subjugava-lhe profusamente A substância do espírito e á da carne.
Sim, eu estou cônscio, Aconteça o que estiver para acontecer, O ima do silêncio sempre me submeterá o ego sem brio. Sim, me é mensurável a infinita ausência que jaz Sobre meu velho ser hialino.
JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA
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