
A LIGHT ON THE END OF ROADWAY
Data 19/07/2008 12:18:34 | Tópico: Poemas
| A LIGHT ON THE END OF ROADWAY
Não, o reino do crepúsculo não raia Quando rebenta a opala Ou, quando, ao longo de sua jornada, Transmuda-se em flor da antiluminescência, pedra opaca: Não, não é assim como pensam os reféns da insipiência; Não, não é assim como pensam os cativos da síndrome de Narciso; Não, não é assim como pensam os simetricocratas.
Na verdade, o mundo não são oficinas da Eugenia: Onde os ourives do gene, em sua obsessão por erigir maravilhas, Com o seu transgenicante lapidar de esquizofrenia, Enxovalham orgânicas maravilhas Quando ostentam a sua lâmina, aí, perniciosamente prolífica, Pois a deitam frívola Sobre a superfície da beldade já naturalmente erigida. O mundo, em suma magnanimidade, Não são bólides eternos de pleonasmo da pele da simetria; E sim, a simetria da assimetria, Contida no sistema de sóis da opacidade altruísta: Os quais iluminam o airoso planeta da nossa possessiva rotina de sofismas.
Nós, a nação dos anômalos, Apesar dos refluxos que De vez em quando sobrepujam os fortes portões do ânimo, Enxergamos, nitidamente, Na fronte de nossa Pátria; Não o mais fulguroso estigma da desonra, Porém, o mais belo granito Que tenha jamais florescido no quadraçal Da sábia natura catársica: Como sempre, a escancarar sua risada sarcástica!
E seu sarcasmo reside; Não propriamente na vórtica reação Que esta nos envida, Mas no poder de erosão que a mesma irradia: Comutando a mimese de Hércules Em pérolas orvalhadas do breu, em ecos e vozes de seda, E em pneumáticas caminhadas de tenazes E facundos cavaleiros-ventrículos e girassóis da não-desistência: Pois a luz da esperança encontra-se recôndita no estuário da primária Estrada, que, á frente de nós, persevera como a lendária Phoênix: Mitológica ave grega que renasce todos os dias das cinzas da vida!
JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA
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