
Leia com atenção!!! Ou não leia!!! EU, PERDIDO NA SOMBRA DE UM OUTRO “EU”
Data 15/07/2008 13:37:19 | Tópico: Poemas
| EU, PERDIDO NA SOMBRA DE UM OUTRO “EU” (Davys Rodrigues de Sousa, Teresina-PI) (Parte I) Uma tristeza cai em meu coração: Mais um dia! Mais um dia, sinto-me só E ausente de mim mesmo Por eu me deixar mais só, ainda, Por viver sonhando. Típico sonhador soerguidos Entre nuvens de pensamentos, Fábulas, sonhos, mitos... E esta solidão tão amiga, Tão presente em minha vida Em quase áspera pena. (Parte II) Esta tristeza tempera Com lágrimas langues Os meus olhos tão calmos. Meus pensamentos fluem Como pulsos involuntários De minha inflamável moléstia, E vejo-me tão triste, Tão triste gênero de vida, Estereotipo mórbido de existência. Uma tristeza cai em meu coração, Na alma, embora, tenha um vívido ardor Pulsando dentro de mim, Há, também, uma inquietude que me cala. (Parte III) Assombrado coração que se lança Ao imensurável ocultismo das artes. Eu, ser rastejante noctívago Na tríade crônica de meu ser. Eu: homem, poeta e sua sombra, Generocida de mim mesmo Na temporicidade edaz e fugidia! Eu – parte do passado, Ente do presente e do que há por vir.
Eu, termo interminante, Intransferível, mutável por natureza. A natureza, toda transformação Individual do ser...
A minha alma enterra No seu profundo ser, A lida de um outro ser, Nela, a dualidade inerente A toda minha irrisão e enlouquência De homem e sua sombra.
Necromantes pensares vão além do ser intermediante... Sonhares, em vão, me assombram Por quase sua perfeita imitação à vida.
Vivo sem viver a vida! Filho da carne e sangue! Decrépito, jazo em meu decadente ser. Meu coração, inverno completo Como ilusões que fenecem Na ruptura obsoleta.
Tenho em mim, iracundo ser Que fecunda abruptamente A consternação do amor Que sinto ao voluptuoso E lânguido adormecer, De não querer viver, Dilacerando todo ébrio engano: Esta Mundo feito de aparências.
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