
EIS-ME AQUI
Data 15/07/2008 12:08:48 | Tópico: Poemas -> Esperança
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Aonde foi que me perdi por montes e escolhos que se me cegaram os olhos de tudo que não vivi?
Longe estava o que não via pedras arremessei ao céu inda não sei o que me deu tão pouco o que me sofria.
Sei que da infância só restou algumas fotos esquecidas num canto qualquer oprimidas sopradas plo vento que as levou.
De adolescência infecunda mundos pensei conquistar seringa no braço a definhar numa pedra pútrida imunda.
E assim cresci de igual jeito que a novidade era não perder o que morto me dava viver e ao rosto me trazia trejeito.
De me levantar intentei de redobrado esforço a dor que suportei no dorso e pelos joelhos me dobrei.
E os anos indiferentes em desassombro passaram e nem sequer num ai notaram minhas mãos descrentes.
Porém restou em mim força fulgor que a vida me emprestou e da miséria meu ser se levantou corri prados e fontes feito corça.
Hoje sou finalmente livre amo e sei ser amado coração nunca abandonado bate e rebate, porque vive.
Jorge Humberto 14/07/08
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