
Sinais da praia
Data 29/06/2008 09:01:08 | Tópico: Poemas -> Reflexão
| O branco da espuma invade-me os passos O azul das ondas conquista-me a alma Em convexos serpenteantes dança o alento Crista da torrente renovadamente calma!
Ondulação perpétua oscilando ao vento O horizonte ao longe num adeus assombrado Um barco na entrada da barra ao relento Pegadas profundas e sem pecado!
E os sinais na longa praia Na areia vestígios do ser humano Entre risos e choros um peixe flutua inanimado E o Tejo que desfalece nos braços do oceano!
Objectos feitos de sexo abreviado Prisioneiro do desapontamento De rituais exauridos de intelectos e mal amado!
Embalada suavemente pelas vagas Que amimam a areia húmida Uma ave anilhada, retesada, permanece morta Fruto de um temporal aterrorizante Como se o mar revolto Fosse indiferente aos seres e à sua dor E se tornasse um cruel amante!
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