
Espiral do tempo
Data 23/06/2008 07:20:31 | Tópico: Poemas -> Reflexão
| Porque existo, permaneço, subsisto? Que móbil, origem ou gérmen é este que me prende À vida, à existência, mesmo em estranheza e assombro Como se nunca tivesse pertencido aqui! Porque me perco em tudo observar, tudo questionar Porque não posso eu ser simplesmente Alguém que mora num recanto aconchegado Protegido de guerras e injustiças! Porque se afastam os vultos, qual silhuetas nas trevas Ou sou eu que me distancio, do negrume qual insanidade? Estou condenada na espiral do tempo!? Estigmatizada desde o além mundo Não há retorno! É uma jornada, uma viagem só de ida Expedição de aprendizagens em intuições de múltiplas perspectivas Em direcção a outro limiar, qual entrada em ondas cósmicas O tempo não é linear onde tudo está como deveria estar! Não é circular como uma serpente que morde a própria cauda E em que tudo se poderia repetir ciclicamente. É uma espiral de energia em que cada momento e circunstância Subsiste hodiernamente E as dádivas afirmam-se inexoravelmente De forma implacável impele-nos a optar, a decidir Então onde se escondem os que nos devem assistir? Onde estão os companheiros de viagem Da navegação pelos confins dos tempos? Por onde andam os Seres Humanos?
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