
CANTO À VIDA
Data 09/06/2008 16:05:11 | Tópico: Poemas -> Alegria
|
Ah, não ser eu, todo o mundo e toda a gente dar por dar sem olhar a quem…
E ter como palavra subsequente, a gratidão, muito além do gesto de alguém…
Ah, não ser eu, o propósito, que é esta nossa vida, deitar à terra a duradoira semente…
E de ver nos olhos, da ceifeira, comovida, o fruto que desfolhando vai, leve… levemente…
Ah, não ser eu, a consciência da mulher, o parto do filho, o nascimento…
É que ser mãe, de há muito tempo requer, sacrifício e doação, do nado o alimento…
Ah, não ser eu, a criança, que cresce radiante, na sua eterna busca pelo desconhecido…
E que crescendo, leva-se, deveras adiante, a aprendizagem, de seu melhor amigo…
Ah, não ser eu, do velho, o conhecimento, a palavra bem regrada e esclarecida…
E que por aqui não fizesse ninho, o intrépido tempo, proporcionando uma vida, bem vivida…
Ah, não ser eu, aqui, todos os rejeitados, vivendo de dogmas e preconceitos…
E que eles fossem doravante poupados, entregando-lhes em mãos, os seus direitos…
Ah, quem dera, ser isso e mais ainda, numa perfeita harmonia com a Natureza…
Pois que, para mim, toda a gente é linda, e esta é e será, para sempre, a minha certeza…
Jorge Humberto 08/06/08
|
|