
PROSEIO
Data 02/06/2008 12:32:42 | Tópico: Prosas Poéticas
| Distante dos meus limites, divago... Sem me ater ao que se passa lá fora. E no meu íntimo, naufrago como a folhinha que cai na água do rio e corre assustada... Numa nuvem, que cristalizou meu pensamento; e me fez voar como o vento pra quebrá-la. Num resquício de chuva fina, os devaneios se amoldam ao meu corpo, na fragilidade de ser mulher e ser humana. Tantas coisas que queria pegar com as mãos da existência, mas, que não passam de vagas lembranças. Como os girassóis que olham pro sol; e as rosas que exalam perfume e caem em pequenas centelhas mortas. Eu, não me julgo intacta, nem eterna, mas tão efêmera como o ar que sai dos meus pulmões. Como o avião que decola pr'algum lugar. Sou a estrada que minhas vísceras traçaram.Nos devaneios das prosas, poesias e sonetos... A vida assim passa, se esvai como o alimento que ingeri no almoço... efêmero dentro de mim! A vida passa, como a pequena borboleta que voa e logo estará lá jazida sem cor. Sou a aparência recíproca do meu divino e do meu demônio. Sou o dúbio foco de uma luz atemporal, como a corbélia de flores, que já não nos conquistam... Sou a foice que tudo corta, e tudo destrói no universo. Sou saudade sem o regresso merecido, ou sou a filha pervertida que não mais voltou pra casa? À beira do caos, estou aqui a vagar na cristalina prosa, que de tão teimosa, reverencia o mesmo dom!
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