
Para Camões MMMMDLXXXI
Data 29/05/2008 11:02:22 | Tópico: Acrósticos
| Divinos de bafejos castigantes Orvalhados por maresias triunfantes.
Ouro que debela a fina mente, Lacrimada em vãs sangrias. Ignorantes e mudos os risos jograis Misturados por vinho em festivais, Prostituídos em doces orgias Onde se fez fecunda a semente.
Delírios de grogues marinheiros Encantados por aziagas feiticeiras, Servícias que inundam a vergonha Cantadas por boiantes rameiras Enfeitadas de alvos cavaleiros.
Espada embainhada do Cruzado Náufraga em chão de batalha, Falsa demanda que se ergue Inebriada pela voz da canalha, Moribunda mão de nefasto reinado.
Detém-te na infâmia humana Energúmeno ser que a destinas, Sagácia dos lupantes que brilham Encantam do barqueiro sua adaga, Sigilados na bruma que o traz. Pertinaz é a vontade que ofereces Em tudo o que tiras e não dás, Rios d'alma em chama que apaga Avessos em caminhos que trilham Desgraçados em fados e sinas Ou ázima mão profana.
7ª Estrofe do Canto VI d'"Os Lusíadas"
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