
A RECIPROCIDADE E O... AMOR!
Data 26/05/2008 18:49:18 | Tópico: Prosas Poéticas
| O Amor é a essência imprescindível da vida, sem o afeto ao extremo aceitável, a humanidade teria se precipitado no abismo da inconseqüência incoerente, desde os seus primórdios primitivos. A afeição é a mola-mestre de todo o desenvolvimento plausível e a ligação suprema entre os viventes, inclusive, os irracionais.
O Amor se divide em várias circunstâncias, tais como: Sexual, filial, amizade fraterna ou platônica e, inúmeras outras, dada a sua exuberância plena e insofismável, porém, por isso mesmo, também, tem os sentimentos antagônicos, como o Ódio, a Traição, inveja, exploração etc.
De tanto meditar a respeito das controvérsias entre o Amor e o Ódio, procurando, sempre, localizar as vantagens da existência do amor e a incompatível e asquerosa presença do Ódio, cheguei a uma conclusão de que, somente, a RECIPROCIDADE poderá sobreviver, dando força e alento magistral ao Amor, senão, vejamos:
—Havendo a Reciprocidade, acabar-se-ia com os casamentos por interesse financeiros, pois, o mais pobre não teria como dar a troca equiparativa. —Os casos antagônicos entre os casais, como: Preto e branco/ Pobre e rico/ Gordo e magro/ Alto e baixo/ Velho e novo/ Escolarizado e analfabeto, Belo e feio e, muitos outros, só poderiam existir fraternalmente e, amorosamente, se os casais amassem de verdade, ao ponto de superarem tais diferenças, as transformando em Reciprocidade de Amor puro, com a troca mútua e soberana do Amor pleno e, comunhão entre Eles! Indo além do Amor, se isso fosse possível, a Reciprocidade deveria reinar em todas as atitudes humanas, em qualquer setor ou, circunstância da Vida, pois, Ela vem dos ensinamentos bíblicos, conforme a máxima: “É dando que recebemos!” Se você quer algo que não tenha, dê o que tem a quem está em falta e, na certa, havendo das duas partes a reciprocidade, receberás o que lhe falta, mesmo que seja de estrutura diferente da que fora doada.
A troca desinteressada de lucros ou, prêmios! Praticada com fraternidade, dará luzes difusas, que se estenderão ao nosso derredor beneficiando ao Amor e, a todas as eventualidades, pelas quais, estejamos passando nos “caminhos da vida!” Portanto, Ame e, se deixe amar! Com a intensidade projetada a você, desde que atue, sempre... Reciprocamente!
Estou casado há 41 anos e, nos amamos mutuamente!
A seguir, um poema, de minha autoria, em homenagem a todas as esposas fiéis:
Até as flores nos jardins Curvam-se ao teu mirar, Como mostrando a mim A formosura do teu olhar.
As estrelas no infinito Ficam no éter a cismar, Achando teu andar bonito Querendo te acompanhar.
A luz amena do luar Fica toda embevecida Em poder te acompanhar Pelas estradas da vida.
Às águas das cascatas Soltam chispas de luz, Cantando em serenatas Onde tua beleza seduz.
O gorjeio dos passarinhos, Fazem coro à tua passagem, Duetando nos belos ninhos Ao encanto da tua imagem.
Até as estações do ano Transforma-se em verão Para te verem passando... Minha doçura e paixão!
Como ficar insensível Ante tantos carinhos, Quando, até o invisível, Abrem-te os caminhos?
O espelho das águas Reflete o teu olhar, Os musgos das margens Acalenta o teu pisar. O sereno da madrugada Ameniza o teu desfilar Abrindo as cortinas Para te deixar entrar!
O cenário do riachinho Recebe da manhã à luz! Enquanto tu, de mansinho: Ao riacho doma e seduz! Os seixos no fundo d’água Colidem com insistência Querendo fazer pirâmides Pra verem a tua inocência.
As gavinhas dos cipós Desenrola-se pelo chão Querendo ornar o teu pé Com adornos de afeição. A água flui mansamente Tilintando na margem, Retardando o prosseguir Domada por tua imagem!
Saltitando na ramagem, Pássaros fazem gorjeios, Disputando bons lugares Sem terem de ti receios. Nas arestas do alcantil O sol aparece radiante Trazendo maiores luzes Àquela cena inebriante!
Curvada sobre as águas Fazes vênia à natureza E, essa... Embevecida! Vai refletir a tua BELEZA!
Este é o retrato rimado De minha esposa querida, Que, amorosa ao meu lado, É a razão de minha vida!
Sebastião Antônio Baracho. conanbaracho@uol.com.br Fone: (31) 3846-6567
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