
“Não Quero Sair Daí...”
Data 26/05/2008 10:04:53 | Tópico: Acrósticos
| Os ramos dos teus braços Perfumados de jasmim Oxigénio, incenso, Fragmento, impulsivo, de mim.
Lábios mornos, calor, humidade Dos teus olhos Preso nos teus galhos Desespero, evaporo-me, ansiedade. Abrem as portas pesadas Maré enraivecida viola a mão inchada Barco sem velas, evito, Morada, de mim, vai-se, trovoada.
Os ramos dos teus braços Raízes das pernas, Devoro-te, mastigo-te, esfomeado De ti, deixo-me, dei... Dei-me, Carícias, sentimentos, frases eternas.
Olho: Ou antes, observo Atento ao medo e ao inferno Anjo de pó evita o sol As mãos castigadas, vazias, do Inverno.
Acabou: digo antes, durou! Verso cego bebe da humidade Dos lábios escarlates Embriagada, esta alma, saudades...
Os ramos dos teus braços O fruto do teu sexo As mãos embalas, encontras Debaixo de mim a razão do tempo Nada mais faz sentido ou tem nexo.
Apalpo: Digo, ausculto Delineando as palavras Teu coração, pele angélica, Pó à terra, foste, não vi Onde estavas.
Abrem os portões cinzentos Casa humilde, ao longe, luz Paraíso dos homens, Não para mim, o teu corpo reluz, Não: Claro que não! Não sou Santo.
Acabou: digo, acabou Onde começou, olhos vidrados, Os ramos dos teus braços Vivem, deixam-me, esperançados.
Paulo Themudo
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